segunda-feira, 16 de julho de 2012

Mosteiro de Travanca - Amarante

O Mosteiro de Travanca é uma portentosa edificação reminiscente da Idade Média, cuja robustez granítica marca as terras férteis do flanco ocidental do concelho de Amarante.
Este imóvel, provavelmente contemporâneo da fundação da nacionalidade, é hoje propriedade pública do Estado, classificado de Monumento Nacional desde 1916. Pela origem e pelas características arquitectónicas da Igreja, consagrada ao Divino Salvador, constitui o mais representativo exemplar românico erigido em terras amarantinas pela Ordem de São Bento, sendo um dos melhores do Entre-Douro e Minho e talvez o mais antigo em todo o país.
Efectuar uma visita ao monumento indo pelo interior do concelho, sobretudo para quem o procura pela primeira vez, é um exercício dificultado pela ausência de sinalética apropriada desde a saída de Amarante, enquanto a escassa existente à face da estrada nacional (EN 15), pelo estado deteriorado que exibe, não cumpre função competente e há vários anos pede substituição.
Para chegar ao Mosteiro de Travanca através da estrada municipal (EM 566) – ligação viária entre as freguesias de Real e Travanca, múltiplas vezes recém nomeada de rua – agora, entre as ruas dos Lavadouros e da Trovoada, o estado avançado de degradação da via por falta de conservação dos pavimentos, durante largos anos – encargo que a população vem suportando quotidianamente – desaconselha o uso de viatura própria ou que, pelo menos, não esteja adaptada à marcha sobre todo o tipo de terreno, degredo que se espera ver terminado quando concluída a repavimentação da via, começada somente este mês de Abril.
Desde que, em meados do ano 2004, foi extinto o Hospital Psiquiátrico de Travanca, o monumental edifício do convento permanece devoluto. Visto na envolvência do lugar, é perceptível como carece de reutilização em novas funções de interesse colectivo, para valorização do imóvel e segurança do templo contíguo.
A Igreja do Divino Salvador de Travanca, por sua vez, é regularmente utilizada para o culto católico, mas fora desse tempo de assistência espiritual à comunidade, por norma contraproducente permanece fechada. Nos longos dias de encerramento a porta principal expõe afixados avisos e informações, ficando também de serventia desportiva ou auxílio ao lazer activo com bola, marcas que a necessidade de novo repinte deverá apagar de vez.

 








 

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