sábado, 21 de julho de 2012

Oferece-se - música portuguesa de qualidade!

Os Amor Electro são uma banda portuguesa composta por Marisa Liz, Tiago Pais Dias, Ricardo Vasconcelos e Rui Rechena. Todos os elementos do grupo já passaram por diversos projectos de referência do panorama musical português. Marisa Liz foi a voz dos Donna Maria, Rui Rechena o homem do baixo dos Homens da Luta e de Rita Guerra, Ricardo Vasconcelos esteve na guitarra dos Balla e Tiago Pais Dias foi multi-instrumentista e produtor dos Amália Hoje, The Gift e Ghost in the Machine.

Os Amor Electro fundem a música pop (com elementos de electrónica) com a música tradicional portuguesa, recorrendo a instrumentos típicos como o acordeão e a guitarra portuguesa. Há ainda uma viagem pelo imaginário da música portuguesa da década de 80, através das versões de músicas dos Sétima Legião e GNR, aqui com uma nova e mais apelativa roupagem para as novas gerações.

"Cai o Carmo e a Trindade" é o disco de estreia dos Amor Electro, lançado a 14 de Março de 2011, e que os coloca entre os grupos de referência de uma nova onda de artistas e bandas que insistem em recuperar música repleta de actualidade e frescura, sem nunca abandonarem a tradição e a alma portuguesa. O single de apresentação, 'A Máquina' é muito bem recebido pela crítica e pelo público e ajudou a aumentar as vendas de "Cai o Carmo e a Trindade" que chega a atingir a liderança do Top Nacional de Álbuns. As influências mais inusitadas do disco vão desde Massive Attack a Zero7, passando pelos Muse e pelos Ornatos Violeta.

Algumas das músicas do álbum fazem parte da história da pop e do rock português como 'Sete Mares' (Sétima Legião), 'Bem-vindo ao Passado' (GNR), 'Capitão Romance' (Ornatos Violeta) e 'Foram Cardos, Foram Prosas' (Miguel Esteves Cardoso e Ricardo Camacho). Também há outras do panorama musical do fado, como 'Estrela da Tarde' (José Carlos Ary dos Santos e Fernando Tordo) ou 'Barco Negro', uma canção do músico brasileiro Caco Velho, com a adaptação de uma letra de David Mourão Ferreira.

Amor Electro - A Máquina

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Igreja e Convento de S. Gonçalo de Amarante

Gonçalo era um frade dominicano nascido na segunda metade do século XIII e que ficaria intimamente ligado à cidade de Amarante, quer pela sua ação evangelizadora, quer ainda pela sua atividade como construtor da antiga ponte medieval que atravessava o Rio Tâmega nessa localidade nortenha. Após a sua morte, recebeu sepultura numa pequena ermida nas margens do Tâmega, vindo a ser venerado por ferveroso culto popular a partir do século XVI, altura em que seria consagrado oficialmente como santo.D. João III autorizou a construção da Igreja e Convento de S. Gonçalo de Amarante, corria o ano de 1540. A sua edificação seria terminada cerca de 80 anos mais tarde. A autoria do projeto coube ao arquiteto dominicano frei Julião Romero, mas a sua planta original sofreria modificações no século XVII.Edificado na vigência da arquitetura maneirista, S. Gonçalo de Amarante receberá igualmente influências do austero Barroco seiscentista. A frontaria principal do templo é formada por galilé de arcos de volta perfeita, assentes em desadornados e poderosos pilares. A galilé é sobrepujada por uma rosácea e dois janelões, aberturas que estabelecem a iluminação interna do templo. A altaneira torre dos sinos é uma construção do Barroco setecentista.A fachada lateral possui um magnífico portal retabular e uma galeria superior, denominada Varanda dos Reis. O soberbo portal é delineado numa dupla linguagem artística, estabelecida entre o Maneirismo e o Barroco. O edifício encontra-se dividido em três pisos, de maiores dimensões o térreo face aos restantes. O piso térreo abre-se em arco de volta perfeita, ladeado por medalhões figurativos e delimitado por pares de colunas coríntias que assentam em elevados pedestais. Nesta zona encontram-se dois nichos abrigando as imagens de vulto de S. Francisco de Assis e de S. Domingos de Gusmão. O segundo piso é ritmado por seis colunas com caneluras, enquadrando três nichos com graníticas imagens de S. Gonçalo, S. Pedro e S. Tomás de Aquino. O último piso, contaminado pela decoração barroca, apresenta colunas pseudo-salomónicas e um nicho central com a estátua de N. S. do Rosário com o Menino, ladeado por movimentados ornatos de volutas e pináculos. Encima-o um frontão curvo interrompido pelas armas reais, apresentando ainda o tímpano preenchido por ondulantes volutas.A Loggia ou Varanda dos Reis é formada por cinco arcos de volta perfeita apoiados em robustos pilares, onde se incluem quatro estátuas assentes em mísulas - representando os quatro reis que patrocinaram este monumento: D. João III, D. Sebastião, D. Henrique e D. Filipe II de Espanha. Esta varanda real é encimada por seis pináculos.Acima da cobertuta do templo ergue-se um belo zimbório circular, rematado por elegante lanternim decorado por azulejos seiscentistas.Destacando-se e marcando a empena da capela-mor e da fachada sul da igreja estão duas graníticas imagens de S. Gonçalo de Amarante.
Interiormente, a igreja desenha um corpo de três naves divididas por arcos de volta perfeita e assentes em pilares, com a nave central apresentando cobertura de reboco e as laterais abóbadas de caixotões. O arco cruzeiro é delimitado por duas colunas encimadas pelas imagens de S. Pedro e S. Paulo.
Acede-se à capela-mor, bem como às colaterais, por uma escadaria. Destaca-se a colateral do Evangelho, onde se localiza a sepultura de S. Gonçalo, podendo observar-se a estátua jacente e a iconografia a ele associada - a ponte medieval de Amarante, de dois arcos. O retábulo-mor é uma bela composição de talha dourada, onde se abrigam as barrocas imagens de S. Domingos de Gusmão e S. Francisco de Assis.
A sacristia é coberta por teto de caixotões pintados, contendo ainda soberbo lavabo da Renascença (com a data de 1554) e belo mobiliário, para além de pinturas entalhadas narrando episódios da vida de S. Gonçalo e outras séries hagiográficas.
Das restantes dependências conventuais, merece um destaque especial o primeiro dos dois claustros, que o segundo foi parcialmente destruído para se construir a Câmara Municipal de Amarante. O claustro primacial, dividido em dois andares, apresenta-se com o piso térreo ritmado por uma série de arcos de volta perfeita, assentes em pilares da ordem jónica e sustentando cobertura de abóbadas artesoadas. O andar superior é constituído por galeria corrida de colunas, apoiando uma cobertura de abóbada de nervuras múltiplas. No centro do pátio claustral ergue-se uma monumental e formosa fonte.












ver tudo

Mosteiro de Travanca - Amarante

O Mosteiro de Travanca é uma portentosa edificação reminiscente da Idade Média, cuja robustez granítica marca as terras férteis do flanco ocidental do concelho de Amarante.
Este imóvel, provavelmente contemporâneo da fundação da nacionalidade, é hoje propriedade pública do Estado, classificado de Monumento Nacional desde 1916. Pela origem e pelas características arquitectónicas da Igreja, consagrada ao Divino Salvador, constitui o mais representativo exemplar românico erigido em terras amarantinas pela Ordem de São Bento, sendo um dos melhores do Entre-Douro e Minho e talvez o mais antigo em todo o país.
Efectuar uma visita ao monumento indo pelo interior do concelho, sobretudo para quem o procura pela primeira vez, é um exercício dificultado pela ausência de sinalética apropriada desde a saída de Amarante, enquanto a escassa existente à face da estrada nacional (EN 15), pelo estado deteriorado que exibe, não cumpre função competente e há vários anos pede substituição.
Para chegar ao Mosteiro de Travanca através da estrada municipal (EM 566) – ligação viária entre as freguesias de Real e Travanca, múltiplas vezes recém nomeada de rua – agora, entre as ruas dos Lavadouros e da Trovoada, o estado avançado de degradação da via por falta de conservação dos pavimentos, durante largos anos – encargo que a população vem suportando quotidianamente – desaconselha o uso de viatura própria ou que, pelo menos, não esteja adaptada à marcha sobre todo o tipo de terreno, degredo que se espera ver terminado quando concluída a repavimentação da via, começada somente este mês de Abril.
Desde que, em meados do ano 2004, foi extinto o Hospital Psiquiátrico de Travanca, o monumental edifício do convento permanece devoluto. Visto na envolvência do lugar, é perceptível como carece de reutilização em novas funções de interesse colectivo, para valorização do imóvel e segurança do templo contíguo.
A Igreja do Divino Salvador de Travanca, por sua vez, é regularmente utilizada para o culto católico, mas fora desse tempo de assistência espiritual à comunidade, por norma contraproducente permanece fechada. Nos longos dias de encerramento a porta principal expõe afixados avisos e informações, ficando também de serventia desportiva ou auxílio ao lazer activo com bola, marcas que a necessidade de novo repinte deverá apagar de vez.

 








 

domingo, 15 de julho de 2012

Oferece-se - música portuguesa de qualidade!

Da Weasel banda Portuguesa.

A história dos Da Weasel começa no início da década de 90, mais concretamente em meados de 1993. Da primeira formação do grupo faziam parte Pacman (Carlos Nobre), o seu irmão Jay Jay Neige (João Nobre), Armando Teixeira e Yen Sung . A primeira edição discográfica surge logo no ano seguinte. Um EP intitulado More Than 30 Motherf***s . Em 1995, além de lançarem o seu primeiro álbum - Dou-lhe com a Alma -, os Da Weasel tornam-se no primeiro projecto português a editar um disco de hip-pop . Duas alterações importantes nesta fase: a banda começa a cantar em português, abandonando o inglês, e entram para o colectivo o baterista Guilherme Silva e o guitarrista Pedro Quaresma .

Se em Dou-lhe com a Alma , Pacman já tinha mostrado toda a sua capacidade para escrever letras duras e poderosas, tal veio a confirmar-se com o disco que se seguiu - 3º Capítulo . Lançado em 1997, este trabalho conseguiu muitos bons resultados em termos de vendas (foi disco de prata) graças a temas que se tornaram grandes sucessos da banda tal como "Pedaço de Arte", "Toda a Gente" ou "Tudo na Mesma".

1999 foi um ano marcante na carreira dos Da Weasel. Já com Virgul no lugar de Yen Sung, que entretanto saiu da banda, o colectivo edita Iniciação a uma Vida Banal - O Manual . O primeiro single do álbum - Outro Nível tornou-se num dos hinos do ano. Para promover o novo disco, a banda foi para a estrada e protagonizou alguns dos melhores concertos desse ano. Aliás, a postura dos Da Weasel em palco é simplesmente bombástica o que faz com que muita gente, mesmo não comprando os seus discos, goste de os ver a actuar ao vivo.

Da Weasel - Dialectos da Ternura

Vila do Conde -Procissão Corpo de Deus

E já que falamos em Vila do Conde, não podemos deixar de recomendar a procissão do corpo de Deus. Lidissimo, recomendo!A procissão do Corpo de Deus, de tradição secular, realiza-se de quatro em quatro anos. Resultado de um intenso trabalho de todos os moradores, com meses de preparação, as principiais ruas do centro histórico da cidade são cobertas por tapetes de flores naturais durante toda a noite anterior ao dia de Corpo de Deus.









Igreja de S. Cristovão Vila do Conde

Igreja de S. Cristovão de Rio Mau – Igreja românica do século XII. Fachada com pórtico de três arquivoltas apoiado em colunelos esculpidos, apresentando um baixo-relevo no tímpano e, na empena, a típica cruz dos Templários, com o sinete da Ordem Militar; os pórticos laterais são graciosos e singelos. Interior de uma só nave. A capela-mor com abóbada de berço dividida por um notável arco de três voltas assenta em meias colunas com capitéis lavrados.









Oferece-se - música portuguesa de qualidade!


Rui Veloso com apenas quinze anos começa a tocar guitarra como autodidacta e em 1976 (com 19 anos) conhece Carlos Tê e forma um grupo de Blues chamado Magara Blues Band (com Mano Zé e Manfred Minneman).
No ano de 1979 grava uma maqueta que a sua mãe se encarrega de levar à editora Valentim de Carvalho. Esta maqueta incluía temas em inglês e em português. Os elementos da editora interessaram-se pelos temas em português e contratam Rui Veloso.
Em Setembro desse ano, o músico muda-se para Lisboa e forma a Banda Sonora, com Ramon Galarza e Zé Nabo.
Em Julho do ano seguinte é editado o disco "Ar de Rock" com os grandes sucessos "Chico Fininho" e "Rapariguinha do Shopping". Este sucesso levou ao aparecimento de uma grande quantidade de bandas de Rock a cantar em português, a maioria de qualidade mais do que duvidosa (e do qual só conseguiram sobreviver os GNR, os UHF e os Xutos e Pontapés), no que ficou conhecido como o Boom do Rock Português e, daí, o título de pai do Rock Português para Veloso.

Rui Veloso - Porto sentido

Serra do Pilar em Vila Nova de Gaia

Mosteiro da Serra do Pilar em Vila Nova de Gaia  foi fundado para albergar os Frades Agostinhos do Mosteiro de Grijó, que, alegaram, se localizava em lugar ermo, doentio e isolado. Necessitando este de obras de vulto, decidiram o Rei D. João III, o Reformador de Santa Cruz de Coimbra e o Prior-Mor D. Bento de Abrantes, fundar uma nova Casa mais perto da Cidade do Porto. Assentaram edificar o novo Mosteiro no montado da Quinta de Quebrantões, na Serra de S. Nicolau de Vila Nova, que compraram aos seus fidalgos proprietários.

A primeira pedra foi lançada em 1538, pelos mestres Diogo de Castilho e João de Ruão, e benzida por D. Frei Baltasar Limpo, Bispo do Porto. No ano seguinte, um Breve de Paulo III unia este Mosteiro à Congregação de Santo Agostinho e o Geral de Santa Cruz de Coimbra, na companhia de alguns cónegos, tomaram posse do Mosteiro em Agosto de 1539.

Novo Breve de Paulo III autorizou a mudança dos Cónegos de Grijó para o Novo Mosteiro da Serra, o que aconteceu em 1542. Com o Capítulo Geral da Ordem de 1564 decidiu-se dividir as rendas entre Grijó e a Serra, desligando-se este da supremacia daquele.

No período da Guerra Civil de 1832-1834, aqui se instalou o exército Liberal, defendendo as suas tropas sitiadas na Cidade do Porto. A violência da Guerra, o saque e a Lei da Desamortização dos Bens das Ordens Religiosas e a sua extinção, deixaram o Mosteiro num estado de ruína e abandono total, passando aos Bens Nacionais. Só a criação da Real Irmandade de Nossa Senhora do Pilar (1834) e o Grupo de Amigos do Mosteiro da Serra do Pilar (1925), salvaram da ruína total este edifício.

Posteriormente interveio a Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais que restauraram de forma quase definitiva a Igreja e a sacristia, continuando a sua manutenção ainda nos nossos dias. Aqui se instalou um Regimento de Artilharia que, ainda hoje, ocupa o edifício do refeitório e da Sala Capitular, o claustro, as celas dos Frades e a Portaria. A Igreja, de planta redonda, foi entregue à administração da Igreja Católica, promovendo a sua abertura ao culto religioso.

A Igreja (classificada Monumento Nacional) do século XVI, curiosa pela sua planta circular, é coberta por uma abóbada hemisférica, rodeada por varandim e rematada por um lanternim.
No interior salientam-se os trabalhos em talha e imagens setecentistas. Conserva um belo claustro (também Monumento Nacional), circular, com 36 capiteis jónicos, exemplar único em Portugal.
Do terraço fronteiriço poderá desfrutar de excelentes vistas sobre a zona mais antiga da cidade.
Mantendo a sua posição sobranceira ao Douro e à Cidade do Porto, a majestade da sua arquitectura e a beleza de todos os seus elementos iconográficos, o papel que desempenhou ao longo da história local e nacional, fizeram dele a pérola do Concelho, o Ex-libris de Vila Nova de Gaia, e Património da Humanidade.